Neste sábado que passou, dia 14 de agosto de 2010, eu visitei o MAC (Museu de Arte Contemporânea de Niterói), onde tinha no espaço expositivo dois projetos, duas produções: Samson Flexor e o Lugar da Linha. Sem explicações a parte do que cada projeto artístico produz, quero postar neste instante algumas palavras que possam sumariar a idéia entre a arte e a vida.
Primeira coisa que temos que entender, vou usar uma expressão que enxerguei em mim e disse a uma amiga: A Arte é uma Arte, dependendo dos olhos de quem vê e como se vê essa Arte. E isso é muito simples de compreender, pois imaginemos uma pintura sobre a tela, vou poetizar grotescamente, que expresse a angústia de um homem por um amor corrompido ou por um “blá, blá, blá” partido; visualizemos que essa pintura seja a partir de tintas lançadas sobre a tela, e misturadas radicalmente por mãos frenéticas, sei lá, só suposição. Para o artista: uma arte, e para mim e você?
O Artista não é apenas o que executa, o Artista também são aqueles que observam e tiram da essência da arte, uma essência para sua própria vida.
Diante deste fato, quero citar duas obras, que por semelhanças entre si, no objeto exposto, refletem à reflexão.
1ª Obra – CAIXA DO HOMEM SÓ – Acrílica, sobre madeira, metal e plástico – de Rubens Gerchman;
A imagem ao lado é apenas uma “pobre” reprodução (feita em um software) do que seria a Obra vista por mim, desenhada peça a peça. E tentando explicar o que os olhos vêem: - A primeira vista, nas proximidades, 1 metro ou 2 metros da obra, vê-se apenas um objeto rude de madeira, metal e plástico, sem a menor complexidade que a idéia transmite. Porém, ao reproduzí-la no papel, traço a traço, descobriremos que trata-se verdadeiramente de uma caixa, a partir daí, em uma distância de quase 10 metros (mais ou menos), observa-se a Caixa do Homem Só...
2ª Obra – CUBO: QUEM VOCÊ PENSA QUE É? – de Nadam Guerra
Esta obra é algo prático: Um cubo com imagens fotográficas de partes do corpo, mas são fotografias tiradas de uma visão artisticamente pensadora e reflexiva. Assim sugere-se que faça nas intruções da arte: “Manipule o cubo e tente descobrir a que parte do corpo corresponde a foto. Perceba como a mudança do ponto de vista pode modificar totalmente o sentido do corpo.”
Diante desta manipulação, o que verdadeiramente vemos e produzimos para dentro de nós, nos fará chegar a respostas do que pensamos que somos.
Acredito que muitos ao observarem as duas obras, me chamarão de louco por enxergar alguma coisa nelas. Ehhhhh... eu sou louco, e nesta insanidade posso dizer o que vi:
Na união das duas idéias (1ª e 2ª Obras) fica explicitamente claro, que se não soubermos quem deveras somos, poderemos executar-nos com a ferramenta suposta na Caixa do Homem Só. Deixa eu ser mais explícito em meus pensamentos: - O homem passa por muitas dificuldades, lutas são travadas todos os dias, e o fato de não vencê-las muitas vezes desqualifica o ser racional que somos, e nos capacita a um egoísmo brutal, que é o de viver enclausurado, fechado, só. No entanto, essa solidão que nos invade, que toma todo o nosso ser, não é criada por um espaço vazio que existe entre seres humanos, cito: distanciamento entre irmãos, amigos, colegas – a falta deles, essa solidão é criada, porque ataca o coração que está vazio, não apenas de si, mas do seu Criador.
O princípio de saber quem eu sou, está em saber quem me criou. E se sei quem me criou, O Adoro, porque se não adoro quem me criou, fica compreensível que não vejo graça na minha criação, e se penso assim... porque vivo?
Agora, diante da solidão, diante do caos que bombardeia, sejamos o homem da caixa, no centro;
Na representação da obra há um pistola, contudo arma é tudo que possa atacar, ferir, defender, etc, então a caixa será o nosso quarto, a cama o centro, a arma a palavra de Deus, e diante da solidão, não nos amendrotaremos e tomaremos posse da arma e a posicionaremos sobre nossa própria cabeça e dispararemos, e o projétil nos atingirá e matará o homem só, nos dará uma nova vida.
Em outras palavras: abriremos a Bíblia e executaremos a oração feita em simples palavras ao nosso Deus: Pai... eu quero saber quem eu sou, e para que eu saiba, é necessário que eu Te conheça, então me recebe na Tua presença, porque eu te recebo como meu Deus. Eu quero ser mais que uma criatura tua, eu quero ter um relacionamento eterno com o Senhor, quero poder ser chamado de teu filho, porque hoje sei que Tu és meu Pai e nunca mais serei um homem só.
O Evangelho é simples assim - Mateus 11
28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
30 Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
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