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"Nascuntur Poetae, fiunt oratores"

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O Pão e a Palavra


Eu tenho meditado em uma palavra onde Jesus tem falado muito ao meu coração. Na semana passada no meu devocional eu me deparei com o versículo em que retrata a primeira tentação de Cristo nos quarenta dias em que ficou no deserto.

Lucas 4:3 E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.
4 E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus.

Eu meditei na resposta de Jesus ao diabo. Portanto, vamos entender o que é pão.

Dentre os seus significados vou escrever apenas 2
1 ALIM Pão é um alimento feito com farinha;
2 FIG o sustento diário, meios de subsistência;

Com isso podemos entender que a luz do texto trata do segundo significado. Pão é exatamente aquilo que você come e te mantém de pé, seja liquido como um copo de vitamina, suco ou sólido como feijão e arroz. Porém a despeito do sustento que o alimento nos dá, a bíblia diz que para vivermos precisamos nos alimentar, comer, beber, mas não só isso. O texto deixa claro que não vivemos para comer, comemos para viver. E se pararmos para analisar, pela quantidade de pratos que conhecemos, o homem hoje opta o que quer comer. Uns comem carne, outros somente legumes. E para que eu viva do pão quanto alimento, eu não necessito comer de tudo, eu posso comer o que quero ou só o que gosto.
Isso foi um tanto lógico para mim, no entanto eu me lembrei dos sentimentos e aí percebi o seguinte. Quando temos sentimentos que nos levam única e exclusivamente ao centro de nós mesmos, ao egocentrismo, poderia eu afirmar que tais sentimentos deixam de ser abstratos, para se tornarem físicos, pois o único fim do que sinto sou eu mesmo. Deixa-me exemplificar materializando o amor: eu materializo o amor quando me condiciono a amar alguém se tiver dentro dos requisitos mínimos criados por mim: altura, condição financeira, cabelo, cor da pele, etc não importam os valores e a essência, só amo se tiver o que os meus olhos podem ver. E aí encontramos pessoas que se alimentam deste amor benéfico a si mesmo. Além disso, temos também: rancor, ódio, álcool, drogas, prostituição... É o abstrato em permutação com o físico, e tendo eles se tornado o meu pão, necessariamente eu não preciso de todos para viver, e se vivo com apenas um, não só dele devo viver.

Jesus lembrou ao diabo do período que o povo de Israel viveu no deserto e teve como alimento apenas o maná, para entender que nem só de maná deveria viver, mas de toda a palavra de Deus. (Deuteronômio 8:3)

Nesta segunda parte deste versículo, fica explícito que a falta de conhecimento é o que nos destrói como a própria palavra já diz: O meu povo é destruído por falta de conhecimento Oséias 4:60.

Primeiro temos que entender, compreender, crer que a Bíblia é a palavra de Deus. Feito isso, enxergar que a Bíblia sendo a palavra de Deus, e tendo eu acesso a ela, necessito de toda a palavra para viver.

O que destrói o homem? 
- A falta de conhecimento.
E porque existe a falta de conhecimento?
- Simplesmente porque acredito que sou um ser capaz, e sendo eu este ser, tenho meu próprio conceito dos textos e contextos da Bíblia, e isso me capacita a não viver de sua completude. Eu praticamente sou prático, e escolho, me adapto apenas ao que quero e me convém.

Todavia, a luz deste texto não diz que tenho que viver de uma, duas ou várias, ele afirma que tenho que viver de toda a palavra de Deus. Não apenas da palavra, mas de toda a palavra.

Então volto aos sentimentos, e percebo que quando vivo de toda a palavra de Deus, os sentimentos que tenho e vivo, são  concretizações da palavra. O que materializo nos sentimentos quando os vivo a luz da palavra, são as relações coletivas suplementadas de ações como: ouvir, perdoar, amar pelo que se é não pelo que se tem; amar não porque ganho, mas muitas vezes porque perco, porém se ganho, que seja a graça de Deus. Portanto, os sentimentos a luz desta palavra nos torna seres humanos como Jesus.

Para completar e encerrar a minha meditação quero resumir com o seguinte pensamento:
- Precisamos de pão para viver, precisamos nos alimentar devidamente para sermos seres saudáveis, todavia mesmo tendo o pão a sua devida importância, não devemos viver só dele, nem apenas dele. Necessitamos do metafísico, da fé, e fé vem pelo ouvir, ouvir a palavra de Deus. E dela, a palavra de Deus, não podemos tirar nenhuma vírgula, indiscutivelmente para viver precisamos de toda a palavra de Deus. E vivendo de toda a palavra de Deus, não podemos esquecer que de vez em quando temos que nos alimentar de pão. O oposto disso é desobediência: viver do pão e para o pão, e de vez em quando dentro das nossas necessidades viver de uma ou outra palavra de Deus.

- Em suma, temos que ser um ser humano que não vive para coisas, mas que vive para ser instrumento da Palavra. E enquanto caminha porque se alimenta de pão, é sabido que se vive, porque ao se alimentar de toda a palavra de Deus, se conhece e ama o pão da vida que é Jesus.

“O EVANGELHO É SIMPLES ASSIM”

A Paz do Senhor a Todos R. Daniel

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

EFATÁ


Esta é uma homenagem aos 10 anos do Projeto Efatá – um projeto para surdos da Igreja Batista Betânia.
A Igreja Batista Betânia fica na estrada Manuel Nogueira de Sá, 538 Sulacap – RJ endereço eletrônico: 
http://www.ibbetania.com/
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 EFATÁ

Havia em uma cidade um homem de nome José. Ele não era absolutamente nada além de um ser humano qualquer. Mas todos o viam como um ser de capacidade espiritual inigualável. E ele gostava.

Nesta mesma cidade morava um homem de nome João, Todos o olhavam com indiferença, porém ele não guardava mágoas no coração.

José era líder da comunidade, os membros o viam muito além do que Pastor da Igreja, pois ele esbanjava conhecimento. Quando falava, falava como quem pregava, e quando pregava, abusava de uma autoridade que diziam: José conhece a Deus.

João era padeiro, na verdade muito mais que padeiro, ele também ia ao balcão vender o pão. Possuía baixa instrução, pois desde cedo decidiu trabalhar para sustentar a casa. Afinal seu pai morrera muito jovem. Todos na cidade o conheciam como João o padeiro que faz pão.

José nasceu em uma família onde o berço já estava no evangelho, seu pai era Líder dos pastores das 5 igrejas da cidade, sua mãe era líder das mulheres. Para José ouvir falar de Jesus foi algo muito simples, pois ele respirava desde criança os serviços e a vida dos pais. Crescer e se tornar pastor foi tarefa simples, bastou completar o curso de Teologia e a influencia da família.

João nasceu em uma família pobre e necessitada de quase tudo. Aos 10 anos de idade perdeu seu querido pai, e para sustentar a casa: sua mãe e 4 irmãos, João decidiu fazer pão e vender na garagem da sua casa, local que mais tarde fez a padaria que é hoje. Aos 26 anos ouviu falar de Jesus pela primeira vez, ele sempre enfatizava: ouvi falar de outros Jesuses na minha juventude, mas do Jesus que conheço hoje só aos 26 anos ouvi.

José casou-se aos 29 anos com a uma moça chamada Clarissa, filha do Empresário Paulo, um dos ajudadores e ou patrocinadores da Igreja. Foi um casamento magistral muito enriquecido por detalhes, um evento feito na fazenda do pai da noiva. Muitos dizem que foi um casamento sem amor, mas o que entendemos do coração das pessoas? O boato veio após a transferência da Igreja de um local onde cabiam 500 pessoas para um que suportavam 5 mil, junto com o apoio da equipe de pastores a candidatura do Sr Paulo a deputado.

João se casou com 26 anos, sua esposa Bianca veio de outra cidade, e foi ela segundo João, que apresentou o verdadeiro Jesus a ele. O casamento foi simples, ainda na igreja antiga, sem festa, apenas cumprimentos de felicidade.

José enquanto pastor estava toda quinta e domingo na igreja pregando o evangelho. Não era hábito vê-lo pelas ruas nos outros dias da semana, em sua casa não recebia visita de membros da sua igreja, apenas abria as portas da sua casa para eventos, e fora os cultos só se reunia com as lideranças. 

João enquanto padeiro também vendia pão, leite, revistas e jornais. E sempre distribuía para seus clientes um panfleto com palavras da bíblia. Muitos iam até a padaria para ouvi-lo falar de Jesus, nem compravam nada. 

Certa vez pediram ao pastor José que deixasse João dá uma palavra, e a sua palavra foi simples onde transcrevo um pequeno resumo:
Um dia me perguntaram se eu não achava estranho que me chamassem de João o padeiro que faz pão, isso por ser redundante. Quero dizer que nunca achei estranho e a expressão me cabe muito bem, posso explicar o motivo. Sou um homem que quando pega a massa e o fermento, faço mais que misturá-los – faço pão. O pão que vocês comem, nasce daquilo que sou, do dom que Deus me deu. Se eu vender para vocês aquilo que eu não faço, serei apenas João o vendedor de pão. No entanto, se eu não fizesse o que faço com o coração, estejam certo que eu seria como um pastor que prega o que não vive.
Talvez muitos de nós escutamos, mas não abrimos os ouvidos para palavra de Deus; Enxergamos, mas não abrimos os olhos para o Jesus que nos pede pão; 
Amamos, mas não abrimos a porta do coração para que Jesus reine em nós;
Falamos que somos cristãos enquanto aqui estamos, mas não somos a imagem de Cristo quando lá fora habitamos. Aqui dentro somos felizes, alegres e santos – entretanto lá fora somos pessoas desumanizadas aos prantos.
Eu gostaria de deixar uma palavra de Jesus: efatá! Que os nossos olhos possam ver a glória de Deus, os nossos ouvidos possam ouvir a boa palavra de Deus para que a fé genuína possa vir até nós, e o nosso coração possa ser o consumador deste verbo – efatá, nos fazendo entender que tudo que em nós está fechado para o entendimento e realização do evangelho deve-se abrir. Então digamos ao nosso coração: abre-te para que eu entenda o que o Senhor diz as Igrejas.

Logo após esta palavra, João voltou ao seu lugar, e antes que o pastor José tomasse a palavra, Felipe, membro do grupo de louvor, foi ao altar e pediu para falar. Por se tratar de alguém do grupo de louvor foi permitido.

Disse Felipe: eu não posso deixar para o fim, quero neste momento dizer que aceito o Senhor Jesus como meu único Senhor e Salvador.
Todos davam glória... aleluia, pois pensavam que ele estava apenas adorando e glorificando, contudo Felipe continuou:
Esses que vocês vêem na igreja não sou eu... na verdade sou casado com uma mulher, mas a esta mulher nunca fui fiel, pois tenho uma vida paralela com outra mulher a anos. E mesmo depois de vir para essa igreja, não deixei de vê-la. Podem me julgar, sei que sou merecedor. Porém hoje entrego a minha vida a Jesus confessando o meu pecado, não serei mais escravo.

Houve um grande murmúrio na congregação... diziam: que absurdo, como pode adulterar, um pecador no meio do grupo de louvor, há uma mancha negra entre nós...
O pastor tomou a palavra, pediu silêncio e falou: irmãos, irmãos, o caso é grave, normalmente votaríamos em secreto a exclusão do irmão Felipe, todavia como ele falou publicamente acho que não há necessidade de votação.
Felipe abaixou a cabeça e sussurrou: eu mereço a exclusão. Foi se dirigindo para fora da igreja. Quando estava chegando próximo dos últimos bancos, perto da porta, João se levantou e gritou: irmão! Espere, irei contigo. Ninguém entendeu a atitude e pediram uma ação do pastor. Então falou o pastor: Irmão João, você pode ficar, porque vai?
João respondeu: eu sou pecador demais para viver entre os justos. Vocês precisam de vocês, nós pecadores precisamos de Jesus. Não deixaremos de ser pecador, mas nos arrependendo Jesus nos lava do pecado.
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O que escrevi é apenas um conto apartir do ponto de vista. Nomes, situação e local não são reais, mas nos arremete a pensar onde estamos e que tipo de ser humano somos.

Nem sempre quem escuta ouve;
Quem tem olhos vê;
Quem tem coração sente e entende.
Talvez seja a hora de dizer para nós mesmos – efatá:
abre-te ouvidos para que eu escute e veja;
abre-te olhos para que eu veja e compreenda;
abre-te coração para que eu compreenda que Jesus deve habitar verdadeiramente em mim.

Marcos7:32 E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente, e rogaram-lhe que impusesse: as mãos sobre ele.
33 E, tirando-o à parte de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua.
34 E, levantando os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá, isto é, abre-te.
35 E logo se lhe abriram os ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.

“O Evangelho é simples assim”

A Paz do Senhor a Todos R. Daniel

sábado, 18 de setembro de 2010

Meu Pão e Luz

FELIZ ANIVERSÁRIO!


Sempre nesta data eu me permito a reflexões mais detalhadas e profundas que em outras datas. Compreender que um novo ano começa e que a cada dia de uma vida vivida é muito mais que dobrar os joelhos e agradecer a Deus.  Afinal, Deus quer o nosso culto racional.
Como um fato motivador: fazer aniversário... nada melhor do que falar do amor de Deus.
Antes de qualquer coisa, eis o convite a meditar sobre o caráter de Deus:
Não encontramos nenhuma rachadura na sua estrutura, nenhum arranhão, nada que desabone a sua conduta, nos anos que entendemos que Deus existe, a eternidade.
Um ser perfeito, que está acima de quem sente o amor, pois Ele é o próprio amor. Pois Deus (o Amor) não se sente, apenas, se vive.

Agora, que tal meditarmos em quem somos, o que somos, o que nos tornamos no tempo em que foi nos dado a vida para viver:

Um ser imperfeito, pecador, falho, rachaduras e arranhões desde o nascimento, uma conduta hipócrita e enganadora que acredita saber o que é o amor, mas na verdade, o sentimento que circula é controlado por paixões, egoísmos, um eu mesmo sendo o centro de tudo.

Juntando um caso ao outro, fica a pergunta ou as perguntas:

Porque Deus me ama?
O que o faz olhar pra mim e acreditar em mim?
Porque a sua vontade de relacionar-me comigo é maior que a minha vontade de relacionar-me com Ele?
Porque o seu desejo em abençoar-me é maior que o meu em querer ser abençoado?
Porque Ele quanto Deus se fez homem, e eu quanto homem desejo ser Deus?
Porque quando Deus deseja que eu me relacione pelo menos por uma hora, eu lhe dou um minuto?
Porque quando Ele quer um minuto do meu tempo com sinceridade do coração, eu lhe dou uma hora de pura enganação?

São perguntas onde as respostas terminantemente não necessitam se tornarem respostas.
A essência do que sou me faz entender que vivo pela graça, pela misericórdia interminável de quem me criou. E quem me criou me deu a fé, e essa mesma fé que recebi, faço uso para agradá-lo.
Quando não creio no Deus que me criou, quando não deixo a minha vida em suas mãos, sofro e inconscientemente desisto de viver. Contudo, quando sou inundado por um amor incondicional, caminho dia após dia na busca, na procura de uma intimidade com Deus,
Viver é mais do que aqui estar;
Viver é enquanto aqui estiver – transcender.

Hoje eu acordo para mais um ano em que Deus me oferta vivê-lo. E a minha alegria em comemorar esta data querida, vem da felicidade e dos anos de vida.
Deus nos dá anos de vida, para que tenhamos vida nos anos que Ele nos dá.

SONETO DE ANIVERSÁRIO


Comemoro o dia que nasci
Sem recriminar a minha idade.
Sei que tempo a tempo vivi
Acreditando sempre na felicidade.

Um homem quando deveras chora
Revela sinceramente o seu jeito. 
As lágrimas que molham-me agora
São partes do sentimento do meu peito.

Amo a minha vida visual,
Mas não esqueço como é sofrer
Quando se desiste de viver.

Amo a minha vida sentimental,
Porque é válido procurar Alguém
Num mundo fisicamente incrédulo. Amém!

1 JOÃO 4:10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
1 JOÃO 4:15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus.
16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.

"O Evangelho é simples assim" 

A Paz do Senhor a todos R. Daniel